sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Concursos nos Municípios de Alagoas

Estão abertas as inscrições para o município INHAPI - AL.
As inscrições irão até o dia 16 de fevereiro de 2012.
As provas serão realizadas no dia 26 de março.

São 2 vagas para fisioterapeutas com remuneração de R$ 1200,00 30h. e 5 vagas vagas para enfermeiros divididos nas seguintes especialidades: PSF, Obstetrícia e Geral, 40h. remuneração R$ 1200,00.


Estão abertas as inscrições para o município  Maravilha – AL
As inscrições irão até o dia 08 de fevereiro de 2012.
A previsão para realização das provas é 18 de março de 2012.
São 2 vagas para enfermeiros com remuneração de R$ 2200,00 40h. e 1 vaga para fisioterapeuta, 20h. remuneração R$ 1200,00.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Comentários e questões da prova de Residência em Fisioterapia da Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco em 2012

Na minha análise, a prova para seleção do Programa de Residência em Fisioterapia da Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco em 2012 foi a mais bem elaborada de todos os anos, no sentido que poucos podem ser os questionamentos em relação ao gabarito das questões.

Pode-se questionar a distribuição dos assuntos abordados, a existência de questões de cunho apenas teórico (com aplicabilidade prática questionável) e alguns erros de grafia nos enunciados de algumas questões.

A questão 17 merece ser anulada, pois o enunciado pede a alternativa correta e as alternativas B, C, D e E são corretas.

No que concerne a distribuição dos assuntos abordados observou-se:

ASSUNTO
QUESTÕES
%
Pediatria e neonatologia
11, 12, 18, 19, 21, 22, 25
14,0
Ventilação mecânica
38, 38, 39, 43, 50
10,0
Recursos fisioterapêuticos
29, 40, 41, 42, 49
10,0
Fisiologia respiratória
01, 02, 06, 14
8,0
Desmame da ventilação mecânica
34, 35, 36
6,0
Mobilização do doente crítico
26, 27, 28
6,0
Monitorização respiratória
44, 46, 47
6,0
Aerossolterapia
30, 31
4,0
Fisiopatologia respiratória
15, 23
4,0
IRpA
03, 04
4,0
Monitorização hemodinâmica
45, 48
4,0
Músculos respiratórios
05, 10
4,0
Oxigenoterapia
13, 16
4,0
Reabilitação cardíaca
07, 08
4,0
Reabilitação pulmonar
09, 24
4,0
Manejo de vias aéreas artificiais
32, 33
4,0
Ventilação não invasiva
17, 20
4,0

Considero um excesso a presença de duas questões sobre cateter de Swan Ganz e duas questões sobre ELPR e ELTGOL, essas últimas podendo ser justificadas pelo fato de duas das quatro vagas se destinarem a um hospital com serviços de fisioterapia pediátrica e neonatal bastante tradicionais. Ao contrário dos últimos anos, o tema drive respiratório não foi contemplado em nenhuma questão específica, a não ser por uma das alternativas da questão 37, a qual aborda a ventilação mecânica no TCE.


Parabéns aos elaboradores da prova pela presença de temas como mobilização do doente crítico e modos ventilatórios avançados.


Atenciosamente,
Flávio Maciel Dias de Andrade


Questões de Pediatria e Neonatologia comentadas.
Questão 11, sobre desenvolvimento pulmonar:
Resposta B.
Refere-se ao desenvolvimento pulmonar.
A letra E poderia gerar dúvida, mas o período exato da diferenciação celular compreende da 20ª a 22ª semana.
“Entre 20 e 22 semanas de gestação, as células epiteliais começam a mostrar características de pneumócitos tipo II, e em seguida ocorre diferenciação das células tipo II em tipo I” (kopelman, 1998; Haworth, 2003).
Questão 12, sobre as técnicas de remoção de secreção em pediatria:
Resposta: A.
Refere-se à descrição, indicação e contra-indicação das técnicas. A TP tem limitação de uso em prematuros; a DRR pode ser realizada com ou sem instilação; a TD é utilizada em crianças cooperativas; a GPR é uma forma de ajudar a expectoração, então não há deglutição.
Questão 16, II proposição sobre retinopatia da prematuridade:
II está errada.
A hiperóxia DIMINUI a produção de VEGF (fator de crescimento vascular), levando a obliteração de vasos e não vascularização da retina. Com o aumento da demanda metabólica do olho em crescimento e como a área da retina não vascularizada torna-se hipóxica, há grande aumento na produção de VEGF.
Questão 17, sobre VNI:
Resposta: B.
A proposição E também poderia ser considerada correta, considerando que entre as interfaces utilizadas em pediatria descritas na literatura, consta a pronga nasal.
Questão 18, sobre ventilação mecânica em neonatologia:
 Resposta: D.
Na VMI, o ventilador oferta uma FR programada, independente da demanda do RN, que realiza incursões espontâneas sem auxílio da máquina.
Questão 19, sobre ventilação mecânica em pediatria:
Resposta: E.
Lembrando que o VT de crianças é o mesmo de adultos 6 a 8 mL/kg. Considera-se o VT de prematuros 4-6mL/kg.
Questão 21, sobre ELPr:
Resposta: D.
Descrição, indicação e contra-indicação da técnica, em que não consta como contra-indicação o broncoespasmo.
Questão 22, sobre técnicas de desobstrução na infância:
Resposta: B.
A ELTGOL é indicada para adolescentes e adultos.
Questão 25, sobre desmame:
Resposta: E.
Para desmame é necessário que não haja acidose, portanto PCO2 < 50mmHg.


terça-feira, 17 de janeiro de 2012

OPORTUNIDADES PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE.

O Centro Integrado de Ressocialização de Itaquitinga  CIR, interior do Estado.
Esta com vagas para 10 Enfermeiros e 13 Terapeutas Ocupacionais os salários são de R$ 2086,00. Aux de Enfermagem 12x36 noturno (10 vagas) R$ 1.082,00;Aux de Enfermagem 12x36 diurno(10 vagas).

Caso alguém tenha interesse nas vagas, enviar currículo para vaga.rhbrasil@gmail.com, no assunto o nome da vaga. 
Link da Prefeitura de Itaquitinga http://www.itaquitinga.pe.gov.br/


segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

A Presidente sanciona lei que define gastos da saúde

Texto define o que deve ser considerado gasto no setor e fixa percentuais de investimento na área pela União, Estados e Municípios. Além disso, criação de novo tributo é vetada
A presidenta da República, Dilma Rousseff, sancionou, nesta segunda-feira (16), a Lei Complementar nº 141, que regulamenta a Emenda Constitucional 29, aprovada pelo Congresso em dezembro. O texto define claramente o que deve ser considerado gasto em saúde e fixa os percentuais mínimos de investimento na área pela União, Estados e Municípios.
Fica mantida a regra aprovada pelo Congresso que obriga a União a aplicar na saúde o valor empenhado no ano anterior, mais a variação nominal do Produto Interno Bruto (PIB). Já os estados deverão investir 12% de sua receita, enquanto os municípios devem investir 15%. E os percentuais de aplicação pelo Distrito Federal ficarão entre 12% e 15% (a depender se a receita for originária de tributo estadual ou municipal).
Além de estabelecer os gastos mínimos na saúde, a nova lei define que os recursos aplicados no setor sejam destinados às “ações e serviços públicos de acesso universal, igualitário e gratuito”. São considerados gastos em saúde a compra e distribuição de medicamentos, gestão do sistema público de saúde, desenvolvimento científico e tecnológico e controle de qualidade promovido por instituições do Sistema Único de Saúde (SUS), entre outros. Gastos em ações de saneamento básico, compra de merenda escolar, ações de assistência social, pagamento de aposentadorias e pensões, por exemplo, não podem ser considerados investimentos em saúde.
“A nova regra contribuirá para combater desperdícios, melhorar controle dos gastos e aumentar fiscalização de recursos aplicados no setor”, afirma o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Veto a novo tributo
A presidenta Dilma vetou artigos que possibilitariam retomar a criação de um novo tributo para financiar o setor – a chamada Contribuição Social sobre a Saúde (CSS). O Congresso já havia retirado do texto a base de cálculo do novo imposto, o que por si só já inviabilizaria sua existência. Porém, o texto permitia que um projeto de lei complementar pudesse instituir novamente essa base de cálculo para o imposto. Com os vetos, o surgimento de um novo imposto para a saúde só será possível por meio de um novo projeto no Congresso e nova discussão pelos parlamentares.
Fonte: Saúdeweb.com.br

domingo, 15 de janeiro de 2012

Site que vende consulta médica com desconto é irregular

Um site chamado DirectSaúde, lançado há três meses, oferece um serviço que parece tentador: consultas em todas as regiões do país por R$ 54. No atendimento particular com os mesmos médicos, o atendimento poderia chegar a R$ 300.
Editoria de arte/Folhapress
O paciente se cadastra de graça e não paga mensalidades. Quando quiser marcar uma consulta, escolhe um dos médicos cadastrados, agenda o atendimento e compra o cupom, que deve ser apresentado no consultório.
Mas, segundo Renato Azevedo, presidente do Cremesp (Conselho Regional de Medicina de São Paulo), os médicos cadastrados no site cometem uma infração ética.
"Vender um cupom de consulta com desconto é praticar a medicina como comércio. Está explícito no código de ética que o médico não pode participar desse tipo de coisa", afirma Azevedo.
Ele diz que o serviço infringe o artigo 72 do Código de Ética do CFM (Conselho Federal de Medicina), que proíbe o médico de estabelecer vínculo com empresas que anunciam ou comercializam cartões de desconto.
O site, afirma Azevedo, também viola uma resolução (nº 1.649/2002) do CFM que considera antiética a participação de médicos em empresas que façam publicidade de descontos sobre honorários.
Ele pondera que os médicos não são proibidos de dar descontos aos seus pacientes. "Essa é uma prática milenar e faz parte da relação médico-paciente", afirma.
Os problemas dos cartões de desconto são a falta de regulamentação do serviço oferecido e a limitação da assistência prestada.
"Se os planos de saúde, que são fiscalizados, já têm problemas, imagine um serviço sem vigilância alguma? Estão vendendo uma enganação. As pessoas adquirem um produto como se substituísse um plano de saúde, mas elas não vão ter assistência integral", afirma.
Segundo Azevedo, o Cremesp vai acionar a Agência Nacional de Saúde Suplementar, e os médicos cadastrados receberão um comunicado do conselho para se desligarem do serviço.
O DirectSaúde, que diz ser o primeiro portal de serviços de saúde do país sem mensalidades ou carências, tem cerca de 500 médicos cadastrados e já recebeu 50 mil acessos, segundo Edson Ramuth, diretor-geral do serviço. Mil consultas já foram realizadas.
O site fica com 10% do valor e repassa ao médico R$ 48,60 por consulta. Em média, os médicos recebem dos planos de saúde R$ 27 pelo atendimento.
Segundo o site, o valor de R$ 54 está de acordo com a Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos, do CFM, da Associação Médica Brasileira e da Federação Nacional dos Médicos, que lista os valores de procedimentos médicos.
A administradora Daniella Inose, 29, diz que ficou sabendo do DirectSaúde por meio de um panfleto que recebeu na rua. "Vi que meu médico estava credenciado e marquei uma consulta. Ia pagar R$ 150 e economizei esse dinheiro."
Ela afirma que já agendou consulta com outro médico. "Estou sem convênio. Para mim, foi uma boa opção."

Fonte: Folha.com

Estudo liga exercícios físicos regulares a salários maiores

Segundo pesquisa de economista americano, praticantes de exercícios regulares ganham até 9% mais que sedentários.

As pessoas que praticam exercícios regulares ganham salários entre 6% e 9% maiores do que aqueles que não praticam exercícios, segundo uma pesquisa recém-publicada.
O autor do estudo, o economista Vasilios Kosteas, da Universidade Estadual de Cleveland, em Ohio, nos Estados Unidos, analisou questionários de 12 mil pessoas com perguntas sobre salários e sobre a quantidade de exercícios que elas praticavam.
Segundo ele, a análise dos dados indicou que aqueles que se envolvem em atividades físicas como correr, nadar ou mesmo levantar pesos ao menos três vezes por semana tinham salários até 9% maiores do que os sedentários.
Mesmo para aqueles que se exercitavam com menos frequencia, entre uma e três vezes ao mês, a pesquisa indicou uma diferença de 5% na média dos salários.
Produtividade e bem-estar
O estudo, publicado na revista científica ''Journal of Labor Research, avalia que os exercícios regulares podem ter um impacto sobre a produtividade e o bem-estar do empregado.
'É amplamente sabido que o exercício regular tem um impacto positivo no bem-estar. Além dos impactos positivos sobre a saúde cardíaca, sobre o peso e uma variedade de outras questões médicas, estudos na literatura médica mostram que os exercícios levam a uma melhor função mental, condição psicológica e maior nível de energia', observa Kosteas no estudo.
'Todos esses três traços podem ser traduzidos em maiores ganhos ao aumentar a produtividade. Além do efeito direto, o exercício pode ter um impacto sobre o mercado de trabalho ao servir de sinal a potenciais empregadores de que o indivíduo é dedicado e disciplinado', complementa.
Em sua conclusão, o economista comenta que muitos estudos já foram feitos sobre as causas e efeitos econômicos da obesidade ou da prática de exercícios, mas pouco se estudou os efeitos dos exercícios sobre o mercado de trabalho.
'Estabelecer se essa ligação existe é uma parte importante na compreensão dos efeitos mais amplos da atividade física regular', conclui.

Fonte: G1

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Ministro da Saúde considera correta avaliação da população sobre sistema público de saúde

Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse hoje (11) que a pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) sobre a percepção do brasileiro em relação ao sistema público de saúde é um “diagnóstico” correto da situação da saúde pública no país.
Na pesquisa, 61% dos brasileiros consideraram péssimo ou ruim o sistema público de saúde, o SUS. A principal reclamação foi quanto à demora no atendimento. “O diagnóstico global feito pelos brasileiros está correto em vários pontos apontados na pesquisa. O primeiro passo para um bom tratamento é um diagnóstico correto”, disse à Agência Brasil.
Padilha citou ações da pasta para diminuir o tempo de espera, como as unidades de Pronto Atendimento (UPA), que funcionam 24 horas. Segundo o ministro, as unidades conseguem resolver os problemas de 97% dos pacientes atendidos. “Elas reduzem a necessidade da população ir ao pronto-socorro e ao hospital. De cada 100 pessoas [atendidas na UPA], apenas três precisam ir para o pronto-socorro ou ao hospital.”
Quanto ao fato de 85% da população avaliar que o serviço público de saúde não melhorou nos últimos três anos, o ministro argumentou que a melhora do sistema não é imediata. “A população tem um diagnóstico sobre os desafios que temos. São desafios com tempos diferentes de melhora”.
Padilha também comentou sobre a contratação de mais médicos, necessidade apontada por 57% dos brasileiros na pesquisa, para melhorar o atendimento. Segundo ele, entram em vigor este ano programas que visam a incentivar a ida de médicos recém-formados para o interior do país e as periferias, onde há carência de profissionais. Para atraí-los, o governo federal vai conceder pontos extras nas provas de residência médica e permitir o abatimento da dívida de quem adquiriu financiamento estudantil.
Em relação ao controle do desperdício de dinheiro, solução apontada por 53% dos entrevistados, Padilha respondeu que o ministério economizou R$ 1,4 bilhão ao alterar o processo de compra dos medicamentos. De acordo com ele, a economia permitiu a distribuição gratuita de remédios contra diabetes e hipertensão.
Na pesquisa, as campanhas de vacinação foram o programa de saúde com melhor avaliação, com média de resultado de 8,8, em uma escala de zero a 10. Feita pelo Ibope, a pesquisa ouviu 2.002 pessoas, em 141 municípios, entre os dias 16 e 20 de setembro de 2011.
Edição: Lana Cristina
Da Agência Brasil

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Para profissionais.

Para fisioterapeutas, enfermeiros, médicos, psicólogos, nutricionistas, fonoaudiólogos para administradores, advogados e todos os profissionais.

Descoberta mutação genética ligada a câncer de próstata hereditário

Cientistas americanos anunciaram nesta quarta-feira (11) a descoberta da primeira mutação genética ligada a uma forma hereditária de câncer de próstata, aumentando as esperanças de um dia conseguir fazer um diagnóstico precoce da doença.

A mutação aparece apenas em um pequeno subgrupo de pacientes que sofrem de câncer de próstata, mas aqueles que herdaram a doença demonstraram ter de 10 a 20 mais riscos de desenvolver câncer de próstata, particularmente antes dos 55 anos, afirmaram os cientistas.

O avanço, anunciado no periódico New England Journal of Medicine, se dá após décadas de pesquisas pelas origens genéticas do câncer de próstata, o tipo mais comum de câncer a afetar os homens, com 240 mil novos casos diagnosticados nos Estados Unidos todos os anos.

Outras tentativas para determinar vínculos genéticos particulares com o câncer de próstata tiveram resultados indeterminados.

"Esta é a primeira grande variação genética associada com o câncer de próstata hereditário", disse a co-autora do estudo, Kathleen Cooney, professora de medicina clínica e urologia da Escola de Medicina da Universidade de Michigan.

Acredita-se que a mutação do gene HOXB13 seja rara na população em geral - estima-se que apenas 1% dos homens sejam portadores -, mas entre aqueles que a têm, os riscos de desenvolver câncer de próstata na juventude podem disparar.

"A mutação é significativamente mais comum em homens com histórico familiar de câncer de próstata que se manifesta cedo, em comparação com pacientes mais velhos, sem histórico familiar", disse o cientista Ethan Lange, da Universidade da Carolina do Norte, que participou da equipe de pesquisas.

Embora seja necessário fazer mais estudos, os cientistas esperam que a descoberta possa conduzir a testes genéticos para homens com risco elevado de câncer de próstata, de forma similar às mulheres com histórico familiar de câncer de mama, que podem ser submetidas a testes para a detecção dos genes BRCA1 e BRCA2.

"Ainda assim, nossos resultados sugerem fortemente que esta é a mutação mais importante clinicamente já identificada para o câncer de próstata", disse Lange.

Para o estudo, os cientistas usaram amostras de pacientes jovens com câncer de próstata de 94 famílias que participaram de estudos nas Universidades de Michigan e Johns Hopkins.


NE10.com.br

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Cirurgiões plásticos querem reavaliação das próteses mamárias de silicone usadas no país

Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica vai propor à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a reavaliação das próteses mamárias de silicone usadas no país. Técnicos da agência reguladora,  representantes dos cirurgiões plásticos e da Sociedade Brasileira de Mastologia reúnem-se hoje (11) para discutir como será feito o atendimento a mulheres que usam implantes mamários da marca francesa Poly Implant Prothese (PIP).
Com a reavaliação, os médicos querem evitar que casos como os da PIP, e agora da marca holandesa Rofil, se repitam. Para os profissionais, a Anvisa precisa adotar regras mais rígidas para a autorização de implantes mamários. Atualmente, existem 14 marcas importadas e duas nacionais no mercado brasileiro.
“Precisamos ter uma reavaliação [das próteses]. Houve uma falha no critério de avaliação. O cirurgião plástico foi tão surpreendido quanto a paciente [sobre as denúncias contra a PIP]”, disse o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica,  Luciano Chaves, que participará da reunião.
Chaves acredita que a Anvisa também “foi enganada” pela empresa PIP, que vendia seus produtos na França e em outros países europeus, como no Reino Unido. Ele lembra, porém, que a empresa francesa não conseguiu autorização para vender nos Estados Unidos.
Chaves não explicou como deve ser feita a nova certificação das próteses, o que, segundo ele, deve ser definido na reunião desta quarta-feira. “Queremos ouvir o que a Anvisa vai falar também”.
A sociedade vai criar ainda um cadastro para rastrear todas as brasileiras com implantes de silicone nos seios. Os médicos vão registrar a data da cirurgia, o local e os dados da prótese usada, como tipo, marca e formato. Com o cadastro, será possível identificar com mais facilidade problemas nos implantes. A iniciativa foi elaborada, segundo Chaves, durante mais de um ano.
Depois de cancelar o registro das próteses da PIP, a Anvisa decidiu ontem (10) banir do mercado os implantes da empresa holandesa Rofil. A agência constatou que a Rofil comprou implantes fabricados pela PIP, que usava silicone industrial, não indicado para próteses mamárias. O silicone industrial tem mais chance de romper ou vazar que o gel de uso médico. Em caso de ruptura, pode provocar inflamações na mama e outros problemas de saúde.
A Anvisa confirmou ter recebido reclamações de usuárias contra o produto da Rofil, sem informar a quantidade e os motivos. A ouvidoria do órgão registrou, pelo menos, 12 queixas de pacientes contra a PIP, de 2010 a dezembro de 2011.
Atualmente, a empresa Pharmedic Pharmaceutical é a única com autorização, até 2014, para importar e vender próteses da Rofil. Em nota, a empresa informou ter vendido 193 unidades, importadas em 2009. Depois daquele ano, não foram feitas novas importações, pois a empresa desistiu de vender o implante holandês por ter ficado caro, segundo o gerente comercial da importadora, Adriano de Paiva. A empresa, segundo ele, não recebeu reclamações até o momento.
Antes, os implantes da  Rofil foram comercializados pela Pró Life Importação, que obteve o registro em 2001 e pediu o cancelamento em 2006, e a Andema, em que os dois registros expiraram em setembro de 2009 e não foram renovados.
Em comunicado divulgado na semana passada, a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética recomendou a retirada preventiva dos implantes da Rofil e da PIP.
A sociedade brasileira de cirurgiões plásticos descarta uma remoção por precaução. A orientação, como é também a da Anvisa, é que as pacientes com implantes das duas marcas procurem seus médicos para uma avaliação clínica. Para os cirurgiões, a retirada do implante deve ser feita somente em casos confirmados de ruptura.
As mulheres podem saber se usam um implante da PIP ou da Rofil por meio da nota fiscal do produto, do cartão fornecido pelo hospital ou pelo prontuário médico, que fica no hospital ou clínica onde fez a cirurgia, explica a Anvisa.
O Brasil importou mais de 34 mil unidades da PIP, das quais 24,5 mil foram vendidas. Estima-se que 12 mil mulheres usem os implantes. O restante, equivalente a 10.680 unidades, foi apreendido pela Vigilância Sanitária do Paraná na sede da empresa EMI, única importadora e distribuidora da marca no Brasil, e será descartado.
Desde abril de 2010, estava suspensa a venda dos produtos da PIP no país. No último dia 30 de dezembro, a Anvisa cancelou o registro depois de as autoridades sanitárias da França declararem que as próteses da marca têm silicone não autorizado e taxa anormal de ruptura.

Edição: Graça Adjuto
Fonte: Agência Brasil 



Anvisa orienta panificadoras a produzir pão com menor teor de sal

Com o objetivo de reduzir o consumo de sal no país, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) lançou um guia com orientações para as padarias e outras empresas de alimentação fabricarem o tradicional pão francês com menor teor de sal.

Dados da Pesquisa de Orçamento Familiar do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de 2009, mostram que o brasileiro consome pelo menos um pão francês por dia, principalmente no café da manhã ou no lanche da tarde.
Uma unidade do pãozinho, tamanho habitual de 50 g, tem cerca de 320 mg de sódio (correspondente a 40% da composição do sal). A Organização Mundial da Saúde recomenda consumo diário de 2.000 mg de sódio, equivalente a uma colher de chá de sal.
No guia, uma das dicas é diminuir a adição de sal à farinha de trigo, um dos ingredientes da massa. Em dezembro passado, o Ministério da Saúde e as indústrias de massa, trigo e panificação firmaram acordo que prevê a diminuição dos atuais 2% de sal no pão francês para 1,8% até 2014. Batatas fritas, bolos prontos, salgadinhos de milho e biscoitos 
recheados também estão na lista do acordo.
"Isso significa que em 2011 uma receita que utiliza 50 kg de farinha de trigo e que, tradicionalmente, é adicionada de 1.000 g de sal (2% da base de farinha de trigo) terá a quantidade desse produto diminuída para 950 g (1,9% da base de farinha de trigo) até o fim de 2012 e para 900 g (1,8% da base de farinha de trigo) até o fim de 2014", diz o guia de boas práticas.
Outra recomendação é pesar a quantidade de ingredientes da receita em uma balança. Não é aconselhável usar xícaras, copos e colheres como medidores, porque eles não garantem precisão.
"Se realizada de forma incorreta, [a pesagem] pode comprometer a qualidade do produto final e, até mesmo, acarretar danos à saúde do consumidor. Por exemplo, se a adição de sal for maior do que a recomendada, o produto final terá maior quantidade de sódio e, consequentemente, poderá influenciar na pressão arterial e aumentar o risco de doenças cardiovasculares", afirma o texto do guia.
A adoção do guia é voluntária. O brasileiro consome em média 3.200 mg de sódio por dia, acima do indicado pela OMS. De acordo com pesquisa do IBGE, mais de 81% dos garotos e 77% das meninas na faixa etária de 10 a 13 anos ingerem sódio além do máximo tolerável. A ingestão excessiva contribui para a pressão alta, doenças cardíacas e renais.
O Guia de Boas Práticas Nutricionais para o Pão Francês está disponível no site da Anvisa.

Fonte: Folha.com